Parameter
A yellow, north-eastern afternoon,

the way we loved to remember the road

that passes forever to the east

of an astonished afternoon,
of a yellow afternoon buried, ripe

in a box of peaches,

a ripe window of flags

open to the sea, and cold;
jailed by the green of peaches

and crystallised sugar over the pulp

of greens taken from the farm house. September.

Ah, September, September,
that girl and your gardens above her curly,

chestnut hair, on a yellow afternoon

of steamships entering the inlet, of bells

ringing, which I remember from another time,
of the astonishment of other towers, of another astonished afternoon,

which you held through winter although it was October:

that boy traversing the pile of peaches

on a yellow afternoon,

as if he were held by a sword’s divisions

in the face of incredible language

and its bouquet of roses, its mist.



 

Parâmetro
Uma tarde amarela noroeste

modo nosso de amar lembrando a estrada,

que passa sempre a leste

de urna tarde espantada, 
de urna tarde amarela soterrada

numa caixa de pêssegos, madura,

uma janela madura de bandeiras abortas

para o mar, e frias; 
encarcerada pelo verdoenga de pêssegos

e açúcar cristalizado sobre a polpa

dos verdes apanhados na chácara. Setembro.

Ah, setembro, setembro 
essa menina e teus jardins sobre a cabeça

castanha e cacheada, numa tarde amarela

de vapores entrando a barra, de sinos

batendo, que reconheço de outra época, 
do espanto de outras torres, de outra tarde espantada,

que amarravas no inverno embora outubro:

esse rapaz que atravessa o corporal de pêssegos

de urna tarde amarela,

como se fincasse a cisma de uma lança

no rosto da palavra genial

e seu ramo de rosas, sua neblina.